Da escolha do desodorante ao tipo ideal de depilação, confira estratégias para prevenir o ressecamento da pele das axilas, o mau odor e o surgimento de manchas na região.
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Cada vez mais, o cuidado diário com a pele ultrapassa os limites do rosto e pescoço, passando a englobar outras áreas do corpo. Mãos, joelhos, cotovelos e até bumbum... hoje, não é difícil encontrar cosméticos específicos para o tratamento dessas regiões. E, nessa onda, as axilas vêm recebendo mais e mais atenção. A tendência do underarm care tem ganhado força e não é à toa, afinal, a pele das axilas tem características próprias e, consequentemente, necessita de cuidados específicos, principalmente para evitar problemas como mau odor, escurecimento da pele e textura irregular. “A pele das axilas é rica em glândulas sudoríparas apócrinas, que são responsáveis pela produção de suor. Essa região também apresenta um pH mais ácido do que o restante do corpo, o que a torna um ambiente favorável para a proliferação de bactérias que metabolizam o suor, motivo do odor forte e desagradável que surge nesse local. Além disso, é mais sensível e suscetível aos traumas causados pela depilação e atrito constante aos quais é submetida”, afirma a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Mas entrar nessa tendência e começar a cuidar das axilas é mais simples do que parece, conforme um time de especialistas explica abaixo:
Higienize a região adequadamente – Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o suor, por si só, não é o responsável pelo mau cheiro das axilas. “O suor é inodoro, ou seja, não tem cheiro. O mau odor relacionado a transpiração ocorre, na verdade, pela decomposição do suor por bactérias presentes em regiões como axilas e virilha. É muito comum na adolescência, mas também pode ser agravado por situações como diabetes, alcoolismo e uso de certos antibióticos”, diz o Dr. Danilo S. Talarico, professor e pós-graduado em Dermatologia, Tricologia, Transplante Capilar (Cirurgia Capilar) e Medicina Estética. Para lidar com o suor e mau cheiro, é importante então realizar a assepsia diária da região, de preferência com um sabonete bactericida, e secar bem as axilas com uma toalha após lavar. Remover o excesso de pelos do local também pode ser interessante para evitar o acúmulo de suor e sujeira.
Use um desodorante adequado – Para controlar o mau odor, além da higiene adequada, é recomendado também fazer uso de um desodorante, mas é importante tomar cuidado na hora de escolher o produto. Por exemplo, evite desodorantes que contenham cloridrato de alumínio na composição. “O cloridrato de alumínio reduz a transpiração ao tampar a saída das glândulas sudoríparas. O problema é que, com isso, o suor fica retido na pele, o que pode causar consequências como miliária, irritações e alergias, além de prejudicar as trocas iônicas entre o ambiente e a pele”, diz a dermatologista Dra. Mônica Aribi, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Segundo a médica, como o suor não é o responsável pelo odor desagradável e sim as bactérias presentes na pele, o recomendado é evitar os produtos antitranspirantes e dar preferência para aqueles com ação antibacteriana. “Além disso, o ideal é que o desodorante não seja muito espesso. Prefira produtos líquidos em spray ou loção”, acrescenta a médica. É indicado também optar por desodorantes hipoalergênicos e sem fragrância para evitar irritações. “Na dúvida, procure por opções mais naturais, formuladas a partir de ingredientes como óleos essenciais e extratos vegetais, como o Dermolan PG3 CAP, uma substância feita a partir de plantas que ajuda a controlar o odor corporal de maneira eficaz, pois age diretamente nas bactérias que vivem nas axilas, equilibrando o pH da pele da região para torná-la um ambiente menos favorável para esses microrganismos”, explica a farmacêutica Maria Eugênia Ayres, gestora técnica da Biotec.
Cuidado com o atrito – Para prevenir o surgimento de manchas e o escurecimento da pele das axilas, dê preferência para o uso de roupas arejadas que não causem atrito na região axilar. “Isso porque o atrito frequente pode levar a um espessamento com consequente escurecimento da pele, o que, apesar de poder afetar qualquer pessoa, é especialmente frequente em quem possui alguma síndrome metabólica, como a diabetes”, afirma a Dra. Paola Pomerantzeff.
Hidrate a região - A pele das axilas, assim como a do rosto, precisa ser hidratada para evitar ressecamento, irritação e escurecimento. “Nesse sentido, é recomendado usar um desodorante hidratante ou aplicar, antes do desodorante convencional, um hidratante em creme, que pode ter propriedades calmantes ou clareadoras de acordo com suas necessidades”, acrescenta a Dra. Paola. Inclusive, existem produtos que, além de hidratarem, também são capazes de combater o escurecimento da região, como é o caso do hidratante Nia B5 Ultra Repair, da Ada Tina, um produto reparador e clareador capaz de tornar a pele cinco vezes mais hidratada, macia e suave ao mesmo tempo em que uniformiza o tom e confere luminosidade ao tecido. Com Niacinamida, Pantenol B5, Ácido Hialurônico, Manteiga de karité e Vitamina E, o produto ainda tem ação reparadora, ajudando a acalmar a pele, restaurar a barreira cutânea e reduzir a vermelhidão.
Atente-se ao tipo de depilação – Dependendo do tipo, a depilação pode causar agressões à pele sensível das axilas. Durante a retirada dos pelos com cera quente, por exemplo, perde-se cerca de 36% da pele. “Essa agressão gera, como resposta, um processo de hipercromia pós-inflamatória, em que a pele machucada produz uma maior quantidade de melanina, com consequente formação de manchas”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O mesmo ocorre com o uso das lâminas, que provocam um microtrauma ao retirar a camada natural de oleosidade que protege a pele. Então, para evitar manchas, o ideal é apostar na depilação a laser, que hoje pode ser realizada com menos sessões e dor graças a equipamentos como o Exímio Epilator. “Esse equipamento torna o laser de diodo, que sempre teve a melhor qualidade para depilação, mais tolerável. Antes, apesar de depilar em poucas sessões, esse laser era muito dolorido. Mas hoje conseguimos manter a mesma performance com dor significativamente menor graças a um exclusivo sistema de resfriamento que ‘congela’ a superfície da pele. E o Exímio Epilator ainda é rápido, exige menos sessões e é extremamente seguro, pois sua energia atinge apenas a raiz do pelo sem afetar a melanina, o que reduz o risco de manchas”, diz o Dr Abdo.
Prepare-se para depilar – Independentemente do tipo de depilação escolhido, alguns cuidados são necessários para manter a saúde das axilas. “Ao se depilar com lâmina ou cera, é fundamental hidratar a pele para acelerar o processo de recuperação natural, assim evitando o escurecimento das axilas”, aconselha o Dr. Abdo. Para garantir a eficácia e a segurança da depilação a laser, também é importante manter a pele hidratada antes do procedimento. “No dia da depilação a laser, certifique-se de ir com a pele limpa, pois alguns produtos contêm pigmentos que podem ‘confundir’ a ação do laser, resultando em queimaduras. Imediatamente após o procedimento, se necessário, podemos aplicar um creme de corticoide tópico para acalmar a pele. E, dependendo do laser utilizado, é recomendado também evitar a exposição solar e, se for preciso se expor, utilizar fotoprotetor com FPS 60 ou maior”, afirma a Dra. Paola.
NO CONSULTÓRIO
A tendência de cuidado com a pele das axilas vai além dos cosméticos, alcançando também as clínicas dermatológicas. Procedimentos consagrados para o rosto e outras áreas de corpo têm sido cada vez mais utilizados também para o tratamento dessa região, ajudando a combater problemas como manchas, sudorese excessiva e até textura irregular:
Microagulhamento contra sudorese – Além da já consagrada toxina botulínica, uma novidade para o tratamento da transpiração excessiva é a radiofrequência microagulhada Eletroderme XL (RF multilayer) da plataforma Megaderme Duo. “A transpiração excessiva é conhecida como hiperidrose. Efetivamente, é resultado da estimulação excessiva das glândulas sudoríparas”, explica o Dr. Danilo S. Talarico. “Para controlar essa situação, as microagulhas do MegaDerme Duo penetram profundamente na pele para liberar energia de radiofrequência nas glândulas sudoríparas, assim reduzindo sua população e consequentemente a produção de suor no local”, diz o médico.
Laser para clarear as manchas - Já contra as manchas, o laser de picosegundos Quadri Pico é o tratamento padrão ouro. “O Quadri Pico tem um comprimento de onda específico para essa ação que atua diretamente nos melanócitos para esvaziá-lo, ou seja, ele interage com os grânulos de melanina para destruir esse pigmento, clareando a pele”, diz o Dr. Abdo Salomão. E por produzir efeito fotoacústico puro, sem aquecer a pele, há menor risco de ocorrer uma reação inflamatória que pode piorar as manchas. “Além disso, o Quadri Pico ainda afina a pele e melhora as dobras na região, conferindo um aspecto mais liso para as axilas”, acrescenta.
Bioestimulador de colágeno para melhorar o aspecto da região – Com o envelhecimento, devido ao surgimento de flacidez no braço, a parte superior da axila pode adquirir um aspecto enrugado, o que causa grande desconforto nos pacientes, especialmente ao utilizarem um biquini ou regata. Mas, nesses casos, é possível apostar no bioestimulador de colágeno para melhorar a aparência do local. “Os bioestimuladores de colágeno são substâncias injetáveis que geram uma inflamação controlada no local tratado, assim estimulando a produção de novas fibras de colágeno. Então, se realizarmos esse procedimento no braço e estendermos sua aplicação até essa parte superior da axila, conseguimos melhorar a firmeza, elasticidade e textura da pele da região, reduzindo o aspecto enrugado incômodo”, completa a Dra. Paola Pomerantzeff.
FONTES:
*DRA. PAOLA POMERANTZEFF: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais. Instagram: @drapaoladermatologista
*DR. ABDO SALOMÃO JR: Doutor em Dermatologia pela USP (Universidade de São Paulo). É sócio Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Membro da American Academy of Dermatology (AAD), Sociedade Brasileira de laser em Medicina e Cirurgia e do Colégio Ibero Latino Americano de Dermatologia. Dr. Abdo Salomão Jr. ministra aulas nos principais congressos nacionais da especialidade. Além disso, já deu aulas na Austrália, Itália e Coréia do Sul. É uma referência em conhecimento de lasers e tecnologias para fins dermatológicos e estéticos. Diretor da Clínica Dermatológica Abdo Salomão Junior. Instagram: @drabdosalomao
*DRA. MÔNICA ARIBI: Dermatologista, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e International Fellow da Academia Americana de Dermatologia. A médica é Mestra em Ciências da Saúde pelo IAMSPE e Membro Internacional da European Academy of Dermatology and Venerology. Precursora em Tecnologias Dermatológicas, também é palestrante nacional e internacional em vários congressos da área de Dermatologia e especialidades afins. CRM: 53.387 | RQE: 35.101. Instagram: @clinicamonicaaribi
*MARIA EUGENIA AYRES: Farmacêutica e gestora farma da Biotec. Graduada em Farmácia Industrial pela Faculdade Oswaldo Cruz com Pós-Graduação em Farmacologia Clínica. Atua no Setor Magistral desde 2000. CRF 33.424.
Por,
Gisele Barros
Editora Chefe do Portal ALL SENSEZ
Especialista no Mercado de Fragrâncias
Consultora de Comunicação Especializada em Perfumaria
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