BELEZA NO OSCAR 2025: ATRIZES INDICADAS AO PRÊMIO MARCAM 'NOVA ERA INDETECTÁVEL' DAS MUDANÇAS ESTÉTICAS
- Gisele Barros
- 28 de fev.
- 6 min de leitura
Tanto nas cirurgias plásticas, quanto nos procedimentos estéticos menos invasivos, a era das transformações radicais acabou! Demi Moore, Fernanda Torres, Zoë Saldaña são expoentes do que ficou conhecido como a era indetectável dos procedimentos estéticos.

Onde estão os seios fartos, o corpo violão e o rosto esticado ou preenchido? Muito longe de Hollywood e cada vez mais distante da realidade. As celebridades como Lindsay Lohan, Christina Aguilera e até mesmo as Kardashians (que diminuíram suas curvas) agora inauguraram uma nova onda de estética indetectável, com facelifts disfarçados, injetáveis sutis, remodelação corporal de resultado natural. Rostos e corpos reais. As atrizes, principalmente as que concorrem ao Oscar 2025 na categoria de Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, como Demi Moore, Fernanda Torres e Zoë Saldaña são expoentes dessa nova era da beleza. “Vimos há algum tempo a busca desenfreada por zero rugas, custe o que custar. Os preenchimentos, hoje nomeados como harmonização facial, bombaram, pois em uma hora, com 20 seringas e alguns milhares de reais, o paciente saía da clínica mais jovem, sem rugas, sem cara de cansado, mas transformado em outra pessoa, às vezes modificado em ser de outro planeta. Foi criada uma legião de pessoas iguais, como se todas as blogueiras fossem parentes. Hoje, a referência que o paciente traz é com fotos e nomes de quem ele não quer ficar parecido”, sintetiza a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. É como se a era das transformações radicais tivesse acabado em um estalar de dedos. Agora, a ênfase está em aparências renovadas, bem descansadas e naturalmente jovens. “Hoje, ninguém tem muito interesse em mostrar para as pessoas que foi feito um procedimento estético. As pessoas querem só mostrar que elas estão bem. Essa tendência se estendeu também ao corpo, com o uso de próteses menores de silicone, por exemplo”, acrescenta a cirurgiã plástica Dra. Heloise Manfrim, membro titular da SBCP.
A era indetectável dos procedimentos estéticos surgiu como uma ramificação do conceito de Quiet Beauty, que foi baseado na ideia de Quiet Luxury (menos ostentação). “Existe uma tendência de parecer que não fez nada, que o envelhecimento seguiu seu curso naturalmente, mas foi associado a um bom cuidado com a pele”, explica a Dra. Beatriz Lassance. A primeira transformação radical nas técnicas apareceu com o lifting facial, em técnicas como Deep Plane Facelift. “As técnicas atuais permitem um rejuvenescimento muito grande e natural para o rosto, pois tratam de forma pontual todas as camadas que apresentam envelhecimento, da superfície ao músculo. Outro ponto importante é que o resultado se mantém por mais tempo já que o rosto foi tratado de maneira global”, comenta o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico, membro da SBCP. Ao invés de qualificar facelifts como ‘puxado’ ou ‘esticado’ (o que era comum nos anos 80 e 90), hoje é mais provável que o procedimento seja associado a palavras ‘bonito’ e ‘de aparência mais natural’. “E, em muitos casos, associado a classificação de ‘virtualmente indetectável’ – justamente porque as pessoas não conseguem perceber que aquele resultado veio de uma cirurgia plástica”, acrescenta a Dr. Beatriz. “O lifting inicialmente tratava apenas a camada de pele do rosto, esticando-a e retirando seu excesso. Isso promovia resultados muito artificiais e estigmatizados. A maior evolução foi o tratamento do SMAS (Sistema Músculo Aponeurótico Superficial), tecido que cobre a musculatura, através de pontos para reposicioná-lo”, destaca o Dr. Paolo Rubez.
O médico explica que há um interesse crescente em longevidade e bem-estar e as pessoas querem manter uma aparência jovem e renovada na faixa dos 40, 50 e 60 anos, mas sem artificialidade. Além disso, houve uma maior sinergia entre os procedimentos menos invasivos e as cirurgias plásticas. “Basicamente, as mudanças também estão nos procedimentos minimamente invasivos. Os pacientes querem melhorar a qualidade de pele sem a necessidade de esticar tanto os tecidos, mas também nos procedimentos cirúrgicos visamos reposicionar os tecidos sem de fato ter aquele estigma de uma cirurgia plástica”, diz a Dra. Heloise Manfrim. “No corpo isso também acontece. As pacientes entendem que as cirurgias vão entregar esse rejuvenescimento sutil, com envelhecimento saudável sem a necessidade de parecer anos mais novas”, completa o Dr. Carlos Manfrim, cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS).
Segundo o Dr. Carlos, as pessoas procuram se cuidar mais, entendendo que o resultado mais natural exige, obviamente, um cuidado contínuo. “Essas pacientes fazem a cirurgia e procuram mais os consultórios, pensando nos procedimentos minimamente invasivos para manter esse resultado de forma constante. Hoje existem tecnologias como o Morpheus, uma radiofrequência microagulhada que atua na pele, melhorando sua qualidade tanto no rosto quanto no corpo”, explica a Dra. Heloise. “Sobretudo os procedimentos que melhoram a qualidade da pele, como lasers, auxiliam muito no resultado da cirurgia e na manutenção do resultado. Após alguns anos, quando o paciente começar a apresentar sinais de flacidez novamente, pode lançar mão das radiofrequências e ultrassons microfocados”, diz o Dr. Paolo Rubez. “Lasers e Ultraformer também podem ajudar a melhorar esse aspecto. E nas cirurgias corporais menores, como em minilipoaspirações, utilizamos as células-tronco dessa gordura captada em um procedimento conhecido como lipoenxertia para otimizar os efeitos de melhoria da qualidade da pele”, diz o Dr. Carlos Manfrim.
Segundo a Dra. Beatriz, para a o futuro, é esperado que as técnicas cirúrgicas evoluam no sentido de reposicionar as camadas com cicatrizes cada vez menores e mais imperceptíveis. “A grande evolução mesmo eu acredito que estará na medicina regenerativa. Partículas de DNA estão já sendo usadas para reparar o DNA que sofre alterações com o envelhecimento. Esse reparo faz com que a célula funcione de forma mais jovem e recupere toda a elasticidade e qualidade. Acredito que, em todas as áreas, a Medicina ficará cada vez mais preventiva, retardando envelhecimento como um todo, inclusive na estética. Quem sabe um dia nem falaremos mais em cirurgia de face?”, idealiza a cirurgiã plástica. Mas, independentemente do procedimento, a indicação médica é fundamental. “A avaliação com um cirurgião plástico é o ideal para um diagnóstico das necessidades e indicação da abordagem mais adequada para cada caso”, finaliza o Dr. Paolo Rubez.
FONTES:
*DRA. BEATRIZ LASSANCE: Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery. Além disso, é membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida. Instagram: @drabeatrizlassance
*DR. CARLOS MANFRIM: Cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS). Graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) com especialização em cirurgia plástica pelo serviço Dr. Ronaldo Pontes (Niterói) e em Cirurgia Geral e Trauma pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). É criador da técnica de mastopexia secundária HC BRA e da técnica de lipoenxertia glútea KA Method. Autor do livro “O Norte” e professor e palestrante internacional da SAPS Academy, também é CEO da Clínica Dall’Aago & Manfrim, em Maringá, e sócio fundador do Saine Health Complex, o maior hotel cirúrgico exclusivo de cirurgia plástica do Brasil. CRMPR 24525 | RQE 20582 | Instagram @plasticasemmisterio
*DRA. HELOISE MANFRIM: Cirurgiã plástica membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS) e da Associação Brasileira de Lipedema (ABL). Graduada em Medicina pela Universidade de Marília (Unimar) com título de especialista em Cirurgia Plástica pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, é embaixadora da Cirurgia Plástica Funcional. Autora dos livros “O Norte” e “Lipedema: uma abordagem além da superfície”, também é CEO da Clínica Dall’Ago & Manfrim, em Maringá, e fundadora e CEO do CELIP (Centro Especializado em Tratamento de Lipedema). CRMPR 35938 | RQE 20592 | Instagram: @plasticaetal
*DR. PAOLO RUBEZ: Cirurgião plástico formado pela UNIFESP, é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS), da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca dos EUA. Dr. Paolo Rubez é Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. O médico tem 12 Observerships em Cirurgias Plásticas Faciais, nos EUA, sendo 8 com o Dr. Bahman Guyuron em Cleveland. É idealizador do Migraine Surgery Academy, que ensina e estimula cirurgiões plásticos de todo mundo a realizarem as cirurgias de enxaqueca a fim de beneficiar mais pacientes com o tratamento. Instagram: @drpaolorubez
Por,
Gisele Barros
Editora Chefe do Portal ALL SENSEZ
Especialista no Mercado de Fragrâncias
Consultora de Comunicação Especializada em Perfumaria

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